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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Copyright: mais do que uma batalha conceitual na era digital


(texto publicado no site Diário da Saúde para visitar clique aqui)

Copyright: mais do que uma batalha conceitual na era digital
Segundo o pesquisador, as metáforas permeiam e dosam a aplicação de leis no mundo digital.[Imagem: Stefan Larsson]
Metáforas digitais
Nossa linguagem é feita de metáforas, mesmo em nossos textos jurídicos.
Stefan Larsson, da Universidade Lund, na Suécia, analisou quais são as consequências dessas metáforas quando o assunto são os chamados "crimes digitais".
Mais especificamente, a influência das metáforas quando fenômenos digitais, como os downloads e o compartilhamento de arquivos são limitados pelas descrições construídas para o mundo analógico.
"Quando os argumentos legais igualam o compartilhamento de arquivos com o roubo de objetos físicos, às vezes torna-se problemático," diz o pesquisador.
Entre o físico e o digital
Larsson acredita que não é possível equiparar um download ilegal com o roubo de um objeto físico, como foi feito no caso contra o site The Pirate Bay.
Usando o modelo de compensação empregado no processo contra o Pirate Bay, o valor total desse site poderia ser calculado em mais de 90 bilhões de dólares, o que é quase o orçamento nacional da Suécia, diz Stefan Larsson.
O promotor do caso Pirate Bay escolheu acompanhar um número menor dedownloads, fazendo com que a soma das multas, portanto, nunca atingisse estas proporções.
Cópia é diferente de roubo
Na visão de Stefan Larsson, a palavra "cópia" é uma metáfora legal escondida que gera ideias problemáticas na sociedade digital.
Por exemplo, os direitos de autor, o chamado copyright, não leva em conta que um download não resulta em que o proprietário perca a sua própria cópia, como acontece com o roubo de um objeto físico.
Também não é possível igualar o número de downloads com a perda de renda para o titular dos direitos autorais, já que é provável que as pessoas baixem muito mais arquivos do que iriam comprar em uma loja.
Outras metáforas que são usadas para download são roubo, violação e pirataria.
"O problema é que essas metáforas nos fazem equiparar direitos de autor com propriedade de bens físicos," diz Larsson.
A criação é mais cultural que individual
Além disso, há uma mentalidade subjacente a toda a noção de direitos autorais, assinala Larsson.
Uma dessas "mentalidades" é a ideia de que a criação é um processo realizado por gênios solitários, e não fruto de um contexto cultural.
Na visão do pesquisador, isto tem a consequência infeliz de dar mais intensidade à proteção dos direitos autorais, dar-lhe maior duração e fazer com que um grau maior de aplicação da lei pareça razoável.
O problema é que isto é baseado em um equívoco, de como um monte de coisas são criadas, diz ele:
"Inspirar-se ou apoiar-se em outros artistas é essencial para inúmeras atividades criativas. Isto é verdade tanto online como offline."
Lei e percepção da lei
Larsson também estudou as consequências quando a percepção pública da lei, ou normas sociais, não está em conformidade com o que diz a lei.
Uma consequência é que o Estado precisa exercer mais controle e emitir penalidades mais severas, a fim de garantir que a lei seja cumprida.
A tendência europeia nas leis de direitos autorais está indo na mesma direção, diz ele. Entre outras coisas, isto está tornando mais fácil rastrear o que as pessoas fazem na Internet.
Isto significa que a integridade de muitas pessoas está sendo erodida para beneficiar os interesses de poucos, de acordo com Stefan Larsson.
O texto completo da pesquisa de Stefan Larsson, em inglês, está disponível no endereço http://www.lu.se/o.o.i.s?id=12588&postid=2157989.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

A palavra Carnaval

Carnaval é o período de festas que antecede a Quaresma e é comemorado em várias partes do mundo. Tem duração de três dias, do domingo até a terça-feira gorda (no Brasil esse período é por vezes maior) onde na quarta-feira feira de cinzas é dado início a quaresma.

A origem do nome “carnaval” é meio incerta. Uma das origens difundidas na internet é a de quem viria do grego "carnis valles", onde “carnis” significa carne e “valles” seria prazeres. Alguns estudos apontam para outra origem diferente desta, a de que viria do latim “caro levare” que daria origem a “carnis vale” “adeus à carne”. Faremos uma breve analise destas origens, apenas com o intuito de conhecermos um pouco da história e de suas possíveis etimologias, não tendo com isso a intenção de chegar a uma origem definitiva.

A primeira possibilidade é de que viria de grego “carnis valles” (“carnis” = carne; “valles” = prezeres). Olhando em dicionários e tradutores as palavras carne e prazer (e similares) em grego temos os seguintes resultados:

Carne
Κρέας (kreas) carne, alimento (I Co 8:13)
Σάρκα (sarka) carne, parte sólida do corpo exceto os ossos, natureza humana (Rm 8:8)

Prazer
Ηδονή (idoni) desejo sensual, deleite
Τέρπω (terpo) satisfazer, prazer

Essas são algumas palavras para carne e prazer no grego, não foi encontrada referência às palavras “carnis” nem “valles”. Para então termos a expressão “prazeres da carne”, em grego, o correto seria “ηδονές της σάρκας” (i̱donés ti̱s sárkas).
A segunda hipótese é a de que o termo veio do latim “caro levare”. Desta vez procederemos de forma inversa buscando a tradução do latim para as palavras “caro”, “levare”, “carnis” e “vale”.

CARO
Necmettin TAN: carne
Latin Dictionary and Grammar Aid: carne

LEVARE
John Madsen: a cobrar, para remover
Perseus Digital Library: Para tirar, tomar

CARNIS
F. Magalhães: carne
F. E. J. Valpy: a carne de animais, dos pássaros, animais, peixes.

VALE
Charlton T. Lewis, Charles Short: adeus
F. E. J. Valpy: adeus

Pelos significados vistos acima as expressões “caro levare” e “carnis vale” tendem a um mesmo sentido, a ausência da carne. Vale aqui salientar que a palavra “caro” em latim vem da palavra grega “Κρέας” (kreas), com o mesmo sentido de carne (alimento).

Vemos com isso que provavelmente a origem da palavra carnaval seja do latim e tenha como ideia principal a retirada da carne do jejum ocorrido durante a quaresma. Mas como já havia sido dito no começo este é apenas um breve estudo e não uma conclusão definitiva.


Bibliografia

http://www.meusdicionarios.com.br/
http://www.etymonline.com
http://www.perseus.tufts.edu
http://www.latin-dictionary.org/
http://www.archives.nd.edu/
http://latindictionary.wikidot.com/
Greek Dictionary Of The New Testament, James Strong, The Ages Digital Library
An etymological dictionary of the Latin Language, Rev. F. E. J. Valpy, Trinity College
Dicionário Português-Latim, F. Magalhães, Editora LEP S.A.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A história da música (I)

A música nos acompanha desde tempo remotos e assim como outras formas de expressão artística, existem vestígios que nos servem de prova da produção musical dos povos antigos.

E assim surgem algunas questões importantes como: porque, como, quando e onde surgiu a música.

Não se sabe ao certo e provavelmente não se poderá saber quando e onde surgiu. Sua origem se perdeu com o tempo. Já para o como e porque existem algunas hipóteses.

Uma delas supoe que a origem venha da imitação da voz dos animais; ou das brigas a gritos ou ainda o ritmo com que são realizados alguns trabalhos, ou a mudança na entonação da voz ao chamar alguma pessoa e a diferença do som entre os sexos. Tudo isso pode ter ajudado a traçar o inicio de uma linha melódica.

Uma hipotese interessante é a que faz uma ligação entre o nascimento da música e da linguagem, onde foram diferenciado-se ao passar do tempo. Essa hipótese baseia-se nas chamadas "linguagens-musicais" de tribos primitivas africanas. Nessa linguagem o sentido de uma sílaba varia conforme a entonação com que é pronunciada. Para nos comunicar usamos palavras, porém quando existem várias entonações, então temos música.

É possível que em um certo momento haja ocorrido a separação de "palavra" e "música" usando a primeira para expressar idéias (natural) e a segunda sentimentos (espiritual). E nisso ainda hoje a música cumpre seu papel perfeitamente, a música emociona independente do idioma em que seja cantada, nenhum idioma pode se gabar de ser tão universal quanto a música.



Versículo do Dia

"Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores."
Salmos 47:6

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Música, escute essa

O que é música? A primeira vista pode parecer fácil responder essa pergunta. Intuitivamente poderíamos dizer que é um conjunto de sons agradáveis, mas aí já teríamos um subjetivismo. Nem todos conjunto de sons que é agradável para mim é necessariamente música para os ouvidos das outras pessoas.