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sábado, 20 de outubro de 2007

Meus primeiros textos.

Texto 001

As crianças verdadeiramente pobres

As crianças verdadeiramente pobres, às vezes, nascem em palácios, Crescem cercadas de nobreza e fausto, dispõem sempre de escravos a lhes acudir. Mas passam pela infância sem ter quem lhes ensine a carícia da palavra, a ternura do olhar. sabem enxergar, mas não aprenderam a ver. Por isso desconfiam da beleza e tratam como estranho o encantamento. Ninguém jamais abre-lhes os olhos que Deus colocou na ponta de seus dedos. Ninguém em toda vida ensina-lhes a discriminar pelo olfato, descobrir pelo paladar. Vivem entre pessoas que julgam inútil alguém ensinar-lhes: A carícia da palavra, A emoção aprisionada no movimento, A magia fenomenal do pensamento, A construção desafiadora de um dilúvio de emoções.
As crianças verdadeiramente pobres, às vezes, nascem em palácios, Crescem entre pessoas que jamais despertam suas inteligências para A graça incomensurável dos números, A identificação ilimitada do espaço, A percepção fascinante do tempo, A fantasia dos mitos e viagens inesquecíveis pelo devaneio, Os segredos da semente, a sabedoria das árvores.
As crianças verdadeiramente pobres às vezes nascem em palácios, Passam pela vida como nuvens claras, tornam-se adolescentes e adultos que desconhecem tudo Do encanto das tempestades, Da infinita beleza contida na fúria do mar, Da singela e magnífica violência do vento, Da ternura travessa escondida na dança das labaredas. As crianças verdadeiramente pobres muitas vezes ganham tudo, mas, se soubessem se tornar milionárias, trocariam a soberba e enganosa riqueza do ter pela palavra carinhosa da mãe, pela mão na cabeça com infinita ternura de uma verdadeira professora.

Celso Antunes no Livro A Teoria das Inteligências Criadoras


Texto 002

Oséias Capítulo 11:1-4

1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho.
2 Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas.
3 Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar; tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os curava.
4 Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer.

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Espero que gostem dos textos.

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