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terça-feira, 5 de agosto de 2008

E se... Todos os crimes fossem punidos com a morte?

Priscila Lambert

Uma lei severa como essa não duraria muito tempo. Das duas, uma: haveria uma revolta contra o rigor da pena ou morreriam quase todos na comunidade. Mas a criminalidade, principal alvo da punição, dificilmente cairia.

Hoje muita gente considera a pena de morte e os castigos corporais um retrocesso nos padrões civilizados. No entanto, eles sempre foram muito difundidos até o século XVIII. A pena de prisão, que parece à maioria de nós o castigo natural para segregar os mal-feitores, só surgiu há 200 anos.

Mesmo assim, poucas vezes na história a pena capital foi utilizada para todo e qualquer crime. E tais momentos ficaram famosos. A lei draconiana, até hoje usada como adjetivo para regras rigorosas demais, foi uma dessas experiências. Há 2 623 anos, o código de leis formulado por Drácon, na Grécia antiga, previa pena de morte para quase toda infração. Mas, segundo documentos históricos, essa lei sangüinária não conseguiu reduzir a violência, conter as revoltas populares ou a crise política da época. Atualmente, a lei mais rigorosa é a da China, onde, entre 1990 e 1999, foram mortas 18 194 pessoas por ordem do Estado. Mas, apesar disso, o número de crimes duplicou no período.

No Brasil, se essa moda pegasse, o corredor da morte ficaria lotado de condenados por furto (o crime mais comum por aqui), maridos e esposas infiéis (sim, adultério ainda é crime, você não sabia?) e outros criminosos pouco ameaçadores. "Voltaríamos a tempos primitivos, seria uma barbárie sem nenhum resultado positivo", diz o advogado criminalista Fernando Castelo Branco, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil. Para ele, o que desencoraja o criminoso não é a intensidade da pena, mas a garantia da punição. "Quem planeja cometer um delito não pensa na hipótese de ser pego."

Se tem eficácia duvidosa, a pena de morte é, sem dúvida, muito mais onerosa para a sociedade. Nos Estados Unidos, o custo de uma única execução é de 2,5 milhões de dólares, em média – o triplo do ônus de manter alguém preso por 40 anos. Seguindo a mesma proporção – e considerando que um preso brasileiro custa 7 800 reais por ano –, o Brasil gastaria pelo menos 312 000 reais para executar um condenado. Alguns defensores da pena capital lembram que o modelo chinês é mais barato. "Lá, os julgamentos duram dias e não anos. Sem falar que até a bala do revólver é paga pela família do condenado", diz o deputado estadual José Guilherme Godinho (PPB-RJ), defensor da pena capital.

Mas será que um julgamento de dias pode ser eficaz? Embora não haja dados oficiais sobre erros judiciais na China, estima-se que os enganos sejam inúmeros. Para se ter uma idéia, 23 pessoas foram executadas por engano, nos Estados Unidos, desde 1973 e outras 99 foram soltas horas antes do momento fatal em função da comprovação de erros processuais. Isso porque, lá, os processos demoram até 20 anos para serem concluídos, a fim de evitar erros irreversíveis.

Foi por um erro assim que o Brasil abandonou a pena de morte durante o Império. Um acusado de ordenar a chacina de um meeiro e sua família foi condenado e enforcado. Posteriormente, provou-se sua inocência e o imperador D. Pedro II, arrasado, nunca mais autorizou execuções.

Diante de um quadro desses, é bom lembrar as palavras de Gandhi: "Um olho por um olho acabará por deixar toda a humanidade cega".

No Brasil, a fila de execuções teria muitos condenados por furto. E também cônjuges infiéis, que cometem crime de adultério.


Fonte:
Site da Revista Super Interessante
http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_236544.shtml


Aprofundando um pouco o assunto...

Crime de Adultério

O crime de adultério previsto no Art. 240, Adultério - Crimes Contra o Casamento - Crimes Contra a Família - CP - Código Penal - DL-002.848-1940 que tinha por objeto jurídico da tutela penal “a organização jurídica da família e do casamento” foi revogado Revogado pela L-011.106-2005 juntamente com os Art. 107, VII e VIII, Extinção da Punibilidade, Art. 217, Sedução - Sedução e Corrupção de Menores e Art. 219, Rapto Violento ou Mediante Fraude, Art. 220, Rapto Consensual. Art. 221, Diminuição de Pena e Art. 222, Concurso de Rapto e Outro Crime - Rapto, Art. 226, III, Disposições Gerais e Art. 231, § 3º, Lenocínio e Tráfico de Pessoas - Crimes contra os Costumes.
Mas bigamia continua sendo crime.

Fontes:
Site Consultor Jurídico por Renato Marcão
http://www.conjur.com.br/static/text/31810,1

Direito e Justiça Informática Ltda.
http://www.conjur.com.br/static/text/31810,1

Versículos do Dia

"E te converteres ao SENHOR teu Deus, e deres ouvidos à sua voz, conforme a tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, com todo o teu coração, e com toda a tua alma,Então o SENHOR teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o SENHOR teu Deus."

Deuteronômio 30:2,3

"Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas."
Mateus 12:41


sábado, 2 de agosto de 2008

3 de Agosto

Amanhã é dia 3 de agosto o 215º dia do ano e feriado. Mas o que há nessa data? Muitos provavelmente sabem, outros apenas conhecem.
Antes de tudo vejamos alguns fatos que ocorreram nesta data:

Porém nada disso é responsável pelo nosso feriado, foi no ano de 1645 que ocorreu a batalha no Monte das Tabocas entre os luso-brasileiros e os neerlandeses.


"Na época, tornava-se cada vez mais forte a sublevação contra a ocupação holandesa no Brasil, e para combater os insurretos o tenente-coronel Hendrick Haus, comandante em chefe dos holandeses, colocou-se à frente dos 1.200 homens da tropa regular dos invasores, todos eles bem equipados e auxiliados por uns quinhentos índios tapuias, que investiram sobre as posições dos revoltosos liderados por João Fernandes Vieira e Antônio Dias Cardoso, chefes da rebelião
Estes contavam em suas fileiras com um efetivo que talvez não ultrapassasse os mil homens, a maioria sem experiência em guerras, mas dispunham de apenas 200 armas de fogo de tipos e calibres diferentes, além de escassa munição. Apesar disso os holandeses levaram à pior no confronto, e ao cair da noite tiveram que se retirar apressadamente para o Recife, deixando no campo um número considerável de mortos, além de armas e munições que seriam de grande auxílio à causa dos insurretos.
Na raiz desse acontecimento temos que desde 1639 recrudescia em Pernambuco a campanha pela sua libertação do domínio holandês. Em 1640 ocorreu a restauração do trono português, mas como a Espanha, durante algum tempo, tentou reassumir seu domínio sobre terras lusitanas, Portugal não se atreveu a criar uma nova frente de batalha, e por isso reconheceu a perda de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, determinando, ao mesmo tempo, o fim das hostilidades contra os holandeses no Brasil, proibindo seus representantes de atuarem militarmente contra eles na colônia. Em contrapartida, a Holanda assumia o compromisso de que durante dez anos não expandiria seu domínio em território brasileiro. As duas partes, porém, não cumpriram o acordo.
Em Pernambuco, a ação dos descontentes começou a tomar corpo inicialmente através da queima dos canaviais, o que inviabilizava a produção de açúcar, o principal produto de exportação da região naquela época. Em 1642 e 1643, outras operações de pequena envergadura passaram a ser desenvolvidas com o objetivo de desestruturar a administração e a economia holandesas no Brasil. Apesar do fracasso das tentativas de auxílio através do mar, retomou-se em terra a prática das emboscadas, única estratégia que possibilitava ao descontentes causar estragos as forças inimigas, apesar das com poucas armas de que dispunham
João Fernandes Vieira era um líder civil, mas Antônio Dias Cardoso, dono de extraordinária competência militar, além de ser muito corajoso, discreto e profundo conhecedor de Pernambuco, fora indicado por André Vidal de Negreiros ao Governador Geral do Brasil, Antônio Teles da Silva, para assumir a tarefa de organizar os pernambucanos em um pequeno exército capaz de iniciar o movimento de insurreição. E foi o que ele fez, dedicando-se durante seis meses à tarefa de recrutar e treinar militarmente os homens que formariam a força de que ele precisava para derrotar os holandeses.

A decisão favorável ao levante aconteceu em 23 de maio de 1645, dia em que Fernandes Vieira e mais 18 companheiros firmaram um compromisso de honra cujo texto dizia em certo trecho: “Nós, abaixo assinados, nos conjuramos e prometemos em serviço da liberdade, a não faltar em nenhum tempo, com toda a ajuda de fazendas (engenhos), contra qualquer inimigo (incluía até Portugal) na restauração de nossa pátria”. Foi nesse momento que pela primeira vez surgiu no Brasil o sentimento de Pátria, respaldado pela força militar organizada e treinada por Dias Cardoso, apesar da intensa perseguição que os holandeses lhe faziam nas matas e engenhos do interior pernambucano.
A grande vitória pernambucana ocorrida no monte das Tabocas, ensejou, séculos depois, a criação do Parque Histórico Estadual das Tabocas, criado pelo governo de Pernambuco em 9 de novembro de 1978, no local onde a batalha foi travada. Anteriormente, em 1945, ali fora erguida a capela em honra a Nossa Senhora de Nazaré, em cumprimento à promessa feita trezentos anos antes por João Fernandes Vieira, governador da capitania de Pernambuco e um dos comandantes das tropas que enfrentaram os holandeses, de que ali construiria uma igreja caso os invasores fossem derrotados."

Fontes:
FERNANDO KITZINGER DANNEMANN Publicado no Recanto das Letras em 27/09/2007
Código do texto: T671229

Wikipédia - A Enciclopédia Livre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Monte_das_Tabocas
http://pt.wikipedia.org/wiki/3_de_Agosto

Os Fundadores
http://www.fundadores.org.br/Secoes/artigos/img/FernandesVieira4.jpg


Versículos de Hoje

"Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito."
Salmos 25:16

"E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado.E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel."
Mateus 9:32,33